Ou oito ou oitenta, desta informação miserabilista salta-se para uma tese de mestrado sobre "As quintas de recreio no século XVI em Portugal".
A meio caminho, com maior credibilidade que tudo o resto, a ficha do monumento, no site da DG do Património Cultural.
Até a nível prático a informação não flui: "Quinta da Ribafria?!!!!!", exclamou espantadíssima a minha interlocutora, quando liguei para o Turismo de Sintra, como se eu tivesse perguntado o horário do próximo shuttle para a lua. … ... ...
Dizem então as parcas e dispersas fontes que o conjunto foi mandado edificar por Gaspar Gonçalves, a quem D. João IIII o titulo de Ribafria.
Ao longo do tempo - e nomeadamente no decurso do século XVIII - foram os seus descendentes efectuando algumas alterações arquitectónicas, sem contudo interferir grandemente na traça inicial do solar.
Chega o século XIX e com ele a falência da família Ribafria. A propriedade passa de mão em mão, em sucessivas hastas públicas, até que, já no início do século XX, é adquirida pela família Mello (sim, essa!). Não só o solar foi restaurado, como lhe foram acrescentados varios equipamentos mais condizentes com a época e a classe dos proprietários, piscina e campo de ténis, nomeadamente. Até o arq. Ribeiro Telles chegou a contribuir para a riqueza do local, com um projecto de arquitectura paisagista (1966).
Desde 1974 até agora ainda houve outros proprietários, até que em 2002 a Câmara Municipal de Sintra, exercendo o direito de preferência, adquiriu o conjunto.
De então para cá tem havido referências a (mais um) hotel de charme. Por esse ou outro meio / projecto, bem que o lugar merecia ser reabilitado. Visitå-lo, assim decadente, faz pena.
O dia tristonho que estava não faz justiça à beleza que o local encerra, não obstante a degradação
Cisterna |
Ficámos com a sensação de que um dos pátios é utilizado como espaço para rodar as esculturas da Volta do Duche. Será?!
1 comentário:
parece que riba fria não rima com volta do duche como inverno não rima com verão
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