Para começar, pelo conceito em si, que me parecia uma coisa do outro mundo.
Depois, porque era em Lisboa, o que me punha logo em respeito.
Finalmente porque, quando a minha Zelinha sofreu um acidente e ficou sem um olho, a mítica entidade, para onde foi expedida, operou o "milagre" de lhe por um olho novo, que aguentou até hoje.
Mas os meus habituais companheiros estão ultimamente mais para a preguiça que para a folia e a adesão foi fraca.
"Ficar parado?
Antes o poço da morte
que tal sorte"
E assim se apresentaram à visita dois gatos (digo, gatas) pingado(a)s.
O Hospital das Bonecas está no mesmo sítio e na mesma família há cinco gerações
Durante muito tempo coexistiu, no seu edifício, com uma escola primária. Quando esta saíu, o espaço disponibilizado permitiu desenvolver o museu.
O hospital propriamente dito está dividido em salas especializadas - "sala da cirurgia plástica", "sala dos politraumatizados" ... , - identificadas em placas onde figuram também os nomes das "doutoras" responsáveis.
Há ainda uma sala de material, onde abundam braços, pernas, elásticos, cabeleiras e até um (de muitos?) mostrador de olhos, semelhante, quem sabe, ao que forneceu o da minha Zelinha!
A parte musealizada alberga o fabuloso número de... 4000 bonecas, e respectivos acessórios. Para dar ambiente, foram integrados outros objectos fora de uso - uma máquina de costura, uma máquina de escrever... - que, segundo nos foi dito, fazem (também) as delícias dos pequenos visitantes, que os vêem pela primeira vez.
À última sala, já achei menos piada - Barbies, Action Men, Pin y Pon's, já não são "da minha recruta".
Mas também fazem parte da história.