quarta-feira, 25 de abril de 2012

Bairro Grandela e Beau Séjour - 24 Abril 2012

(Ou talvez devesse ter escrito Bairro Grandella, dado que Francisco de Almeida Grandela, ainda que nascido em Aveiras de Cima, tinha ascendência italiana).

O bairro, construído na primeira década do século XX, destinava-se a alojar os operários e empregados dos Armazéns e Fábricas Grandela e da Sociedade Algodoeira de Fomento.
A tia Lélé - aliás, a minha tia Liberdade Celeste, ou não tivesse ela nascido em 1910! - dizia que a família tinha aqui vivido, na sua infância. Não me consta que o "velho das barbas" tenha sido operário ou empregado do Grandela... Se calhar seria amigo do industrial, revendo-se nos seus ideais humanistas.

Actualmente a vista que sobressai do bairro é a dos dois edifícios neoclássicos virados para a Estrada de Benfica, que inicialmente se destinavam à escola e creche do bairro.
Com a implantação da República, Grandela - maçon, membro do Partido Republicano e amigo de Afonso Costa - doou-os ao Estado.
Neste momento funciona num deles a Biblioteca-Museu República e Resistência


No frontão pode ler-se a divisa de Grandela, "Sempre por bom caminho e segue"



Aspectos das ruas do bairro



Ideais humanistas e igualitários, mas não exageremos!... - havia uma zona do bairro para os empregados e outra para os encarregados




Lamentavelmente, alguns edifícios começam a degradar-se

O grupo e o guia, em compenetrada observação do olho maçónico. Que, aliás, é apócrifo - foi ali colocado aquando das obras de requalificação, no início dos anos 90





Bem, e já que ali estávamos, demos mais uns passinhos e fomos espreitar o Palácio do Beau Séjour, desta vez on our own


O exterior data de meados do século XIX, altura em que a viscondessa (segundo outros, baronesa...?) mandou construir o palácio na quinta das Loureiras. (Também esta mudou de nome, vindo a chamar-se quinta das Campainhas)


No fim do século XIX, os herdeiros da viscondessa-baronesa-whatever promoveram alterações no interior, com significativa intervenção dos irmãos Bordalo Pinheiro:






Actualmente está instalado no Palácio o Gabinete de Estudos Olisiponenses, da Câmara Municipal de Lisboa

Mais informação:

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar - 17 Março 2012

© IO

Almodôvar é Alentejo profundo. Não será tanto como a minha querida "margem esquerda", mas quand même
Um dos dois únicos concelhos, a nível nacional, que fechou o ano de 2011 sem dívidas!

© IO

O pretexto da excursão era o MESA :

© Marylight

© IO

© Marylight

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De acordo com a Wikipedia, a utilização desta escrita "é conhecida entre os séculos VII e V a.C. no sudoeste da Península Ibérica (Baixo Alentejo, Algarve, Andaluzia ocidental e o sul da Estremadura). Os seus textos apresentam-se quase sempre da direita para esquerda sobre estelas."
(Foi a este propósito que aprendemos os adjectivos sinistorsa, dextorsa e bustrofédica!)




A minha estela favorita



© Marylight

Parece que as principais influências desta escrita ainda não totalmente decifrada serão as escritas fenícia e grega


© Marylight

© Marylight

© Marylight

© Marylight

O grupo assistindo ao filme didáctico, no "auditório"

Homenagem ao sapateiro (profissão de tradição na terra), feita de engrenagens! © Marylight

© IO

© IO

O mesmo modelo, para o bombeiro (gosto particularmente do cabelo ao vento da motorista!! :)
 © Marylight

© Marylight

Ponte sobre a Ribeira de Cobres (medieval, de ascendência romana) © IO


Nos arredores, havia várias solicitações.
Acabámos por ir apenas ao Monte das Figueiras (fazendo um bom par de quilómetros por "estradas regulares"...), para ver os palheiros de veio.

© Marylight

Neste fim do mundo, perdido na zona de transição da serra do Caldeirão para o Algarve, fomos dar com este criativo anemómetro / espantalho

Os nossos cicerones - a D. Graciete e o seu irmão - , dois dos quatro únicos habitantes da aldeia... © Marylight

O grupo dos excursionistas, em pose © D. Graciete


Webgrafia:

http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/escreveramnos-da-serra-ha-2500-anos-mas-ainda-nao-sabemos-o-que-nos-queriam-dizer-1704706