O objectivo primeiro da visita era a muralha de D. Dinis, mas logo quando dos contactos estabelecidos, nos foi proposta também uma exposição de arte contemporânea, o que aceitámos. E acabámos (começámos!) a visitar a igreja de S. Julião, enquadramento de tudo isto.
A actual igreja é, na verdade, a terceira desta invocação. A inicial, cuja localização era um pouco distante desta, ruiu, com o terramoto de 1755.
A segunda, já no Largo de S. Julião, teve uma duração efémera, pois, acabada de construir em 1810, ardeu seis anos depois.
As obras de reconstrução duraram até 1854.
Nos anos 30 do século passado, a igreja foi dessacralizada e comprada pelo Banco de Portugal. O espaço foi, além disso, alvo de um permuta com o terreno onde seria construída a futura Igreja de Fátima.
Dada a utilização que até há pouco lhe foi atribuída pelo Banco de Portugal - garagem (além de caixa-forte) - dizia-se que a nova invocação da igreja era a de Nossa Sra. das(os) Mercedes...
Recentemente, o Banco de Portugal decidiu instalar aqui o Museu do Dinheiro e foi durante os trabalhos de preparação que foi descoberto o troço da muralha de D. Dinis.
Não é que o estilo pombalino seja da minha predilecção, mas a igreja é efectivamente imponente
O (pouco) que resta das pinturas do tecto
Origamis, hologramas, imagens em movimento... - deve ser bom trabalhar num sítio com recursos... :-P
Um prémio a quem reconhecer esta imagem (sem direito a aide-mémoire!). Assim, às primeiras, tal como eu.
E chegamos à muralha:
Provavelmente porque, na altura, já estava soterrada, a muralha sobreviveu a 1755. Mas teve, mesmo assim, direito a umas rachazinhas
O poço já é do tempo de Pombal
Estacas pombalinas, encontradas durante as escavações da muralha
Azulejo, da mesma proveniência
Das 11 000 peças recuperadas durante as excavações, apenas um reduzido número está exposto, mas por detrás de cada um deles, corre um filme com respectiva reconstituição. (Já disse que deve ser bom trabalhar num sítio com recursos?!)
Perspectivas sobre a baixa lisboeta, a partir da igreja de S. Julião:
Para visitar a Muralha de D. Dinis, contactar o Museu do Banco de Portugal.
1 comentário:
Adoro a imagem, que já tem lugar reservado na próxima newsletter, mas não a reconheço, não...!
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